LANÇAMENTO do livro “Feminismurbana: um projeto teórico e político” em celebração aos 10 anos deste blog!!!!!

É com imensa alegria que divulgamos aqui a celebração dos 10 anos de existência deste canal de comunicação por meio da publicação do nosso livro, “Feminismurbana: um projeto teórico e político”, que condensa produções realizadas e/ou divulgadas aqui <3: reunimos nossas publicações em periódicos, em páginas eletrônicas acadêmicas, site de referências de arquitetura, palestras e apresentações orais em congressos.

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PANA – Tecnologias para outras formas de construção: A experiência construtiva de mulheres em movimentos populares

A PANA é uma tecnologia bolsa, recipiente, participante, reprodutora. Ela é uma tecnologia mãe, feminista, ancestral e por isso acolhe diferentes usos e sentidos. A PANA foi feita de mulheres para outras mulheres.

O projeto de extensão e pesquisa Tecnologias Para Outra Forma de Construção: a experiência construtiva das mulheres em movimentos populares é sediado na FAU/Ufal, no grupo de pesquisa IDEA, e foi financiado pelo International Development Research – Carleton University, no Canadá, entre 2020 e 2022. Seu produto final, a PANA, é fruto de uma parceria entre mulheres de três comunidades: o Quilombo Santa Rosa dos Pretos, no Maranhão, construindo uma cozinha comunitária; um grupo de mulheres da Serra da Misericórdia, periferia da cidade do Rio de Janeiro, trabalhando em redes comunitárias para enfrentar a pandemia de COVID-19; e um grupo de pescadoras lutando por sua comunidade tradicional em contraposição ao avanço do turismo em Porto de Pedras, Alagoas; juntas a professoras e estudantes de graduação e pós graduação da UFAL, UFABC, UFRJ e da USP.

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Ser, fazer e acontecer – memórias de um processo

739286_739286Há algum tempo temos tido vontade de resgatar uma publicação muito importante para experiência de formação e militância de uma de nós: Ser, fazer e acontecer – mulheres e o direito à cidade, de Autoria Coletiva e organizado por Taciana Gouveia à época no SOS Corpo em Recife. Como ela mesmo diz, este livro “é em si mesmo um acontecimento por ser um ato inaugural de múltiplas possibilidades”. E esse era verdadeiramente o espírito do processo que culminou nesta publicação. Foram 2 anos de oficinas de formação com mulheres, em sua maioria, de ONGs, movimentos sociais urbanos e associação de moradores de diversos lugares do Brasil, diretamente envolvidas no Fórum Nacional de Reforma Urbana e parceiros da OXFAM GB, naqueles anos de 2007 e 2008 (senão me engano), ou seja, já se passaram 10 anos. As oficinas se constituíram também como uma oportunidade de articulação política de uma agenda de intervenção para a questão de gênero em outras redes e fóruns de reforma urbana. Até porque algumas participantes também ocupavam a cadeira de conselheiras no Ministério das Cidades. Continuar lendo

“Eu sou atlântica” – Beatriz Nascimento

beatrizA historiadora, ativista, poeta e intelectual brasileira Maria Beatriz Nascimento é uma leitura fundamental para se pensar as relações entre território, colonialidade, corpo, raça e gênero no Brasil. Apesar da perda que tivemos com a interrupção prematura de sua produção intelectual, em 1995, em função do seu assassinato ao defender uma amiga que sofria violência conjugal (um acontecimento com forte simbolismo para discutir as questões de raça/gênero), sua contribuição se constituí de uma originalidade única. Continuar lendo

Indicação de leitura: “Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva” de Silvia Federici

“Para ele, ela era uma mercadoria fragmentada cujos sentimentos e escolhas raras vezes eram consideradas: sua cabeça e seu coração estavam separados de suas costas e mãos, e divididas de seu útero e vagina. Suas costas e músculos eram forçados no trabalho do campo […,] às suas mãos se exigia cuidar e nutrir o homem branco […]. [S]ua vagina, usada para o prazer sexual dele, era a porta de acesso ao útero, lugar para os investimentos dele – o ato sexual era o investimento de capital, e o filho, a mais-valia acumulada. […]” Barbara Omolade, Heart of Darkness, 1983 (citação no livro: Federici, 2017, p.113).

Imagem do livro: “Uma “resmungona” é obrigada a desfilar pela comunidade usando a “rédea”, uma engenhoca de ferro empregada para punir mulheres de língua afiada. Significativamente, um aparato similar era usado por europeus traficantes de escravos na África para dominar os cativos e transportá-los a seus barcos. Gravura inglesa do século xvii” (Ibidem, p. 201)

Em julho de 2017 foi lançado a versão brasileira do livro “Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation”, de Silvia Federici, original de 2004. A tradução para o português foi realizada por um coletivo de mulheres, o Coletivo Sycorax, que se formou originalmente com o objetivo de traduzir essa obra tão importante da bibliografia feminista e depois se firmou como coletivo editorial. O livro (que é lindo e cheio de imagens impressionantes) pode ser adquirido pela Editora Elefante, mas também está disponível de forma livre, sob direitos autorais da Creative Commons e pode ser acessado aqui. Continuar lendo

“Direito à Cidade: uma visão por gênero” publicação do IBDU

Neste ano de 2017, em comemoração ao dia internacional da mulher, o Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU) publicou um material destinado especialmente ao debate entre espaço urbano e gênero, a partir da reflexão de diferentes mulheres sobre a cidade, sob temas e abordagens múltiplas. Segundo a introdução, esta é uma obra que « reúne diversas vozes ativistas, com diferentes vivências e trajetórias que participam da luta pelos direitos das mulheres. As autoras convidadas são mulheres que ajudaram a construir o IBDU ao longo dos anos, como integrantes da diretoria, colaboradoras da equipe técnica, associadas e parceiras ». São textos curtos, em formato eletrônico (disponível aqui), que agregam de forma plural temas relacionados ao direito à cidade das mulheres como: mobilidade, habitação, raça, políticas públicas, movimentos sociais, etc.

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tese de livre docência “Lugar de mulher. Arquitetura e design modernos, gênero e domesticidade” de Silvana Rubino

silDia 19 de maio de 2017 às 9h acontecerá uma aula pública e às 14 hs a defesa de tese de livre docência da professora Silvana Rubino: “Lugar de mulher. Arquitetura e design modernos, gênero e domesticidade” (local: IFCH/UNICAMP, Sala da Congregação).

18301413_10211516151933650_2124317453314814759_nO trabalho se constitui como importante contribuição para produção acadêmica brasileira no campo dos estudos que relacionam gênero com a arquitetura e o urbanismo. A partir da análise entre a produção de arquitetas mulheres e o espaço doméstico a autora investiga como a presença feminina foi responsável por uma revolução simbólica no campo da produção do espaço. Para isso, recupera a história de como os saberes desenvolvidos na arquitetura, na engenharia e no design operam uma série de inovações nas quais as mulheres desenvolvem um importante papel, mas que, na maior parte das vezes, é apagado e invisibilizado.

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indicação de leitura: “Geografias Subversivas – discursos sobre espaço, gênero e sexualidades”

Este livro organizado pela geógrafa Joseli Maria Silva, com apresentação de Roberto Lobato Corrêa e prefácio de Maria Dolors Garcia-Ramon, mostra a capacidade de um grupo de pesquisa brasileiro, sediado em uma universidade ‘periférica’ (Universidade Estadual de Ponta Grossa), em se articular internacionalmente junto à Rede de Estudos de Geografia e Gênero da América Latina (REGGAL), e se tornar protagonista do debate de gênero e espaço.

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